quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Para relembrar

Para relembrar

A pessoa que renteia contigo, no processo evolutivo, não te é desconhecida...

O filho-dificuldade que te exige doação integral, não se encontra ao teu lado por primeira vez.

O ancião-renitente que te parece um pesadelo contínuo, exaurindo-te as forças, não é encontro fortuito na tua marcha...

O familiar de qualquer vinculação que te constitui provação, não é resultado do acaso que te leva a desfrutar da convivência dolorosa.

Todos eles provêm do teu passado espiritual.

Eles caíram, sim, e ainda se ressentem do tombo moral, estando, hoje, a resgatar injunção penosa. Mas, tu também.

Quando alguém cai, sempre há fatores preponderantes, que induzem e levam ao abismo.

Normalmente, oculto, o causador do infortúnio permanece desconhecido do mundo. Não, porém, da consciência, nem das Soberanas Leis.

Renascem em circunstâncias e tempos diferentes, todavia, volvem a encontrar-se, seja na consangüinidade, através da parentela corporal, ou mediante a espiritual, na grande família humana, tornando o caminho das reparações e compensações indispensáveis.

Não te rebeles contra o impositivo da dor, seja como se te apresente.

Aqui, é o companheiro que se transforma em áspero adversário; ali, é o filho rebelde, ora portador de enfermidade desgastante; acolá, é o familiar vitimado pela arteriosclerose tormentosa; mais adiante, é alguém dominado pela loucura, e que chegam à economia da tua vida depauperando os teus cofres de recursos múltiplos.

Surgem momentos em que desejas que eles partam da Terra, a fim de que repouses...

Horas soam em que um sentimento de surda animosidade contra eles te cicia o anelo de ver-te libertado...

Ledo engano!

Só há liberdade real, quando se resgata o débito.

Distância física não constitui impedimento psíquico.

Ausência material não expressa impossibilidade de intercâmbio.

O Espírito é a vida, e enquanto o amor não lene as dores e não lima as arestas das dificuldades, o problema prossegue inalterado.

Arrima-te ao amor e sofre com paciência.

Suporta a alma-problema que se junge a ti e não pereças nos ideais de amparar e prosseguir.

Ama, socorrendo.

Dia nascerá, luminosos, em que, superadas as sombras que impedem a clara visão da vida, compreenderás a grandeza do teu gesto e a felicidade da tua afeição a todos.

O problema toma a dimensão que lhe proporcionas.

Mas o amor, que "cobre a multidão dos pecados" voltado para o bem, resolve todos os problemas e dificuldades, fazendo que vibre, duradoura, a paz por que te afadigas.

Autor: Joanna de Ângelis

Psicografia: Divaldo Franco

Livro: Alerta


quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Perdão – necessidade humana

Perdão – necessidade humana

Perdoar não é apenas esquecer a ofensa, mas lembrar que o ofensor é um irmão doente e precisa ser amado.
Quem permanece em seu juízo perfeito jamais magoa alguém.
Quanto mais ilimitada a tua capacidade de compreender e amar, menos te sentirás exigido em matéria de perdão.
Agradecido a cada instante, porque não assimilava os golpes que lhe eram desferidos, Jesus não experimentava a necessidade humana de perdoar.

Se a ofensa coloca à mostra as limitações de quem a pratica e o perdão, o grau de consciência de quem luta para superar-se, quem nada tem a perdoar revela que já se encontra um passo além no caminho do verdadeiro amor.



Autor: Irmão José


segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Em Verdade

Em Verdade

O santo não condena o pecador. Ampara-o sem presunção.

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O sábio não satiriza o ignorante. Esclarece-o fraternalmente.

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O iluminado não insulta o que anda em trevas. Aclara-lhe a senda.

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O orientador não acusa o aprendiz tateante. A ovelha insegura é a que mais reclama o pastor.

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O bom não persegue o mau. Ajuda-o a melhorar-se.

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O forte não malsina o fraco. Auxilia-o a ergue-se.

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O humilde não foge ao orgulhoso. Coopera silenciosamente, em favor dele.

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O sincero a ninguém perturba. Harmoniza a todos.

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O simples não critica o vaidoso. Socorre-o, sem alarde, sempre que necessário.

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O cristão não odeia, nem fere. Segue ao Cristo, servindo ao mundo.

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De outro modo, os títulos de virtude são meras capas exteriores que o tempo desfaz.

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Autor: André Luiz

Psicografia: Francisco Cândido Xavier

Livro: Agenda Cristã