quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Desobsessão sempre!

Desobsessão sempre!

Se você aspira receber, procure dar.
Se você deseja a estima alheia, proporcione apreço sincero aos semelhantes.
Se quer auxílio, auxilie.
Se aguarda compreensão, compreenda.
Se algum de nós observa a presença do mal por fora, vejamo-lo, por dentro, a fim de saber se não estamos em condições de estendê-lo.
Se esperas desculpas às próprias faltas, esqueça, - mas esqueçamos, de todo coração, - as faltas dos outros.
Se a irritação nos destempera, silenciemos a palavra, até que passe a tormenta da ira.
Se você não aprecia respostas desagradáveis, não faça perguntas irreverentes.
Se sonha elevar-se, eleve também os companheiros.
Se dispõe de tempo a perder, ganhe tempo no trabalho ou no estudo.

Desobsedar-se alguém, na essência, será libertar-se da sombra e ninguém se livra da sombra sem fazer luz.

Autor: André Luiz
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
Livro: Paz e Renovação


Solidariedade

Solidariedade

Não exijas, inconseqüentemente, que os outros te dêem isso ou aquilo, como se o amor fosse artigo de obrigação...

Muitos falam de justiça social nas organizações terrestres, centralizando interesse e visão exclusivamente em si próprios, qual se os outros não fossem gente viva, com aspirações e lutas, alegrias e dores iguais às nossas.

Como entender aqueles que nos compartilham a estrada, sem largarmos a carapaça das vantagens pessoais, a fim de penetrar-lhes o coração?

Efetivamente, não possuímos fortuna capaz de suprimir-lhes todos os problemas de ordem material e nem as leis do Universo conferem a alguém o poder de atravessar por nós o dédalo das provas de que somos carecedores; entretanto, podemos empregar verbo e atitude, olhos e ouvidos, pés e mãos, de maneira constante, na obra do entendimento.

Inicia-te no apostolado da confraternização, meditando nas dificuldades aparentemente insignificantes de cada um, se nutres o desejo de auxiliar.

Não reclames contra o verdureiro, que não te reservou o melhor quinhão, atarantado, qual se encontra, no serviço, desde os primeiros minutos do amanhecer; endereça um pensamento de simpatia para a lavadeira, cujos olhos cansados não te viram a nódoa na roupa; considera o funcionário que te serve, apressado ou inseguro, por alguém de idéia presa a tribulações no recinto doméstico; aceita o amigo que te não pode atender numa solicitação como sendo criatura algemada a compromissos que desconheces; escuta os companheiros de ânimo triste, como quem se sabe também suscetível de adoecer e desanimar-se; interpreta o colega irritado por enfermo a rogar-te os medicamentos da tolerância; cala o apontamento desairoso, em torno daqueles que ainda não se especializaram em conversar com o primor da gramática; não te ofendas com o gesto infeliz do obsidiado, que transita na rua, sob a feição de pessoa equilibrada e sadia...

Todos sonhamos com o império da fraternidade, todos ansiamos por ver funcionando, vitoriosa, a solidariedade entre todos os seres, na exaltação dos mais nobres princípios da Humanidade... Quase todos, porém, aguardamos palácios e milhões, títulos e honrarias, para contribuir, de algum modo, na grande realização, plenamente esquecidos de que um rio se compõe de fontes pequenas e que nenhum de nós, no que se refere a fazer o melhor, em louvor do bem, deve esperar o amanhã para começar.

Autor: Emmanuel
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
Livro: Estude e Viva